Crônica sobre escrever uma crônica
Crônica sobre escrever uma crônica
Sempre gostei de ler crônicas, e depois do livro do Mario Prata eu (com toda minha insolência) resolvi escrever uma…ou duas. Antes é claro, fui procurar a definição de crônica. Diz assim: Crônica, s. f. Narração histórica por ordem cronológica; notícia comentada ou anedota em jornal. Juro que me espantei, achei que a definição seria outra, tipo “Histórias curtas com humor, sacadinhas bem elaboradas ou uma moral; piada grande”, algo do tipo. Só acertei a parte da anedota. Voltando ao Mario Prata, eu lendo o livro pensei “pô, eu consigo escrever umas paradas assim” e fiquei imaginando sobre o que escrever. Existem realmente várias coisas, por exemplo: minha mãe. Acho que ela rende umas dez…mil crônicas. Principalmente os bordões dela, ela diz coisas maravilhosas que deveriam ser tombadas pelo patrimônio histórico-cultural do Brasil. E as histórias da eterna e mítica cidade de Dionísio…ela sempre começa com “quando eu era menina lá em Dionísio…”. Era sempre alguma história que nos fazia (eu e meus irmãos) tomarmos banho todo dia (quando se tem uns 5 anos, três por semana é até demais), ou não falarmos palavrão. A do cara que não tomava banho, um ser que se chamava Tatão Sonhé ficou tanto tempo sem tomar banho que o saco dele caiu. O saco do cara caiu! Agente fingia que duvidava mais acabava tomando banho… vai saber né? A do palavrão era que uma tia distante mandou alguém tomar no cú e viu uma mula sem cabeça. Minha mãe repetia isso sempre, até eu retrucar “se fosse assim eu já tinha visto uma manada de mulas-sem-cabeça”.
Eu posso escrever várias crônicas também, falando de mim. Não estou sendo pretensioso nem nada, é que meus defeitos são engraçados…pelo menos para os outros. Por exemplo: após eu dizer “Tô cansado” um amigo disse “Cê nasceu cansado Pedrão”. Eu não sou preguiçoso, isso é intriga da oposição. E posso escrever sobre experiências de vida, mais especialmente do tempo em que eu trabalhava com eventos. Melhor que evento para observar as bizarrices da espécie humana, só ônibus. Depois que eu me mudei para Belo Horizonte que comecei a andar de ônibus, em Monlevade andar de ônibus era ostentação. As coisas que você ouve, vê e vive dentro de um ônibus…e pra noveleiro, psicanalista e filósofo nenhum botar defeito. É engraçado, num ônibus lotado, eu sempre acabo na porta e sempre acontece das pessoas acharem que o ponto delas vai fugir, ou na hora que o ônibus parar eu vou abrir os braços e não deixar ninguém passar. Sempre uns 5 minutos antes do ponto, chega alguém e vai olhando pra você com cara de “sai daí menino!”, te empurra (raramente pedem licença), isso tudo com o ônibus andando. Já perguntei para uma senhora que me infernizou “a senhora vai pular do ônibus em movimento?”.
A velha não pulou e ainda olhou feio para mim. Sem mais delongas vou terminando por aqui, pois isso é tão prazeroso que não ia ser um crônica mas um épico, contanto as a(des)venturas de um garoto do interior na capital.
Um abraço.
**** [PÓS-REBOOT] ****
Bom, esse texto merece uma repaginada. De verdade.
Editado dia 4/10/2011
pedrão, ce nasceu cansado???
ahauhauhauhauha
maginaaaaa!!
=P
abração ae meu velho
gostei dos temas e desaventuras…
tb escrevo crônicas…
dá um pulim lá
http://www.avidaebelaagentequecomplicaela.blog
spot.com/
abraço
Késia
Pedrão. Me manda um e-mail, pois ai eu te respondo com meu cel. nacaixola@gmail.com
um abraço,
Ícaro Vieira
É Pedrão, mãe é o maior barato e seus ditos e costumes são de deixar qualquer filósofo apaixonado. Cara, sem contar que ônibus é o lugar mais louco do mundo. Esse pessoal que não pega a linha Bh a JM ou Raul, não sabe do que nós estamos falando. Engraçado demais.
Um abração,
Ps: To indo para JM no dia 18 (sexta) se quiser ir entre em contato.
Ícaro Vieira
(kkkkkkkkkkkkkkk) Pior que é, cara. Coisa de quem tá apaixonado mesmo. Eu assumo! 😀 Fiz pra minha noiva. 😛
Bela crônica da crônica. Parabéns. Passarei mais por aqui. Abração!